18 junho 2006

Um dia, talvez!...



Um dia! Sei lá?! Talvez para o ano! Talvez neste, quem sabe? Um dia vou encher-me de coragem e vou arranjar o muro da entrada.

Um dia, quem sabe?

Um dia!... Não sei! Acho que vou matá-lo, se o renovar!

Acho-lhe tanta piada! Tem - pelo menos para mim - um encanto rústico. Condiz com a casa e com o meu espírito.

Não consigo imaginá-lo todo "à la mode"!

E a cevadilha?! É a minha alegria quando chego a casa, principalmente nesta fase do ano em que se enche de cor. Ah! A cevadilha! A outra, que há logo a seguir a esta da entrada. Malandra! Foi a causa de um dos meus maiores desgostos.

Comentei com o P (chamemos-lhe assim), que tinha que "cortar a cevadilha". A verdade é que tinha os galhos muito grandes. Atrapalhavam quem entrava com o carro. Ele, amoroso, num dia em que estava de folga e eu a trabalhar, resolveu fazer-me uma surpresa e cortou-a bem rente ao chão. À tardinha, quando entrei com o carro, notei logo a falta de uma das minhas cevadilhas. Nem queria acreditar. Estacionei lá à frente, saltei do carro a correr e vim confirmar com os meus próprios olhos. ERA VERDADE!

Acho que foi a vez que o P me viu mesmo magoada. Não entendeu a minha dor, a surpresa, o desgosto tamanho. "Disseste que ias cortá-la!", argumentou, entristecido e surpreso.

Pois foi, só que o que quis dizer é que ia podá-la. Nunca a cortaria rente!

Já passaram mais de dois anos. A cevadilha voltou a crescer e a florir!

Acho que o P nunca mais lhe vai tocar!!!!.....

3 Comments:

Blogger LMa said...

A esta altura da minha primeira leitura do blog, já estou com uma lágrima ao canto do olho, de pena pelo P.!

19/6/06 15:46  
Blogger anete joaquim said...

Isso só acontece porque leste o blog ao contrário. Para perceberes, tens de começar de baixo para cima e não pelo texto que te aparece em primeiro plano. Vê as datas que separam cada bloco diário e a hora a que cada texto foi escrito. Verás a sequência.
Quanto ao P, não tenhas pena. O que esta casa é, agora, deve-se muito a ele. Ressalvo-o várias vezes. Há, no entanto, situações que acho pitorescas e que fazem parte da nossa vivência na casa. São, apenas, formas diferentes de estar, mas sabemos conviver com isso.

20/6/06 09:00  
Blogger anete joaquim said...

O espeto usado na nossa espetada é de pau de louro, o que dá à carne aquele gosto tão especial.
Nunca imaginei que a minha sevadilha fosse tão perigosa. É a chamada "mulher fatal"!

25/6/06 10:32  

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