História de uma curta e bela vida
Em finais de Maio dei à terra aquele bolbo. Só sabia que, dali, haveria de nascer uma dália. Pensava eu, então, que seria vermelha e foi com essa crença que a fui regando e adubando. Junho dava os seus primeiros passos quando a dália nasceu, toda viçosa. Em meados de Junho deu à luz uns botõezinhos. Misteriosos, escondendo a sua cor, erguiam-se viçosos, bebendo, da luz do sol e da água com que os regava, todas as forças de que necessitavam para crescer.
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