16 maio 2007

ruína

Aqui vai um pormenor do interior da ruína que tenho a meio do lado leste do jardim. É uma velha casa de pedra onde já viveram várias pessoas, em tempos idos, entre as quais, uma vizinha minha, com marido e dois filhos. Pois é! Tempos de outrora.
Quando comprei a quinta esta casa já não tinha telhado, mas as quatro paredes mantinham-se de pé.
O tempo foi passando e, como não ia para aquelas bandas, visto ser uma selva, as paredes foram-se desmoronando, algumas das pedras foram sendo levadas por alguns vizinhos menos escrupulosos e, neste momento, só a parte da frente e um dos lados se encontram de pé.
Quando comprei a casa sonhei que um dia um dos meus filhos poderia ali construir um T1 para morar. Bastava levantar um andar. Nenhum deles quis.
Mantenho, no entanto, o sonho de reconstruir a ruína. A parede de pedra lá do fundo encontra-se num equilíbro precário, ameaçando cair a qualquer momento.
Continuo a sonhar que um dia terei naquele espaço uma estufa ou um recinto para churrascadas de inverno. Só me falta ganhar o euromilhões!!!!
Foi nessa esperança de reconstrução que há dois anos meti mãos à obra e, pacientemente, dia após dia, fui retirando o monte de ervas, entulho e pedras que ali havia e que, em alguns sítios, chegava a um metro. Consegui limpar o espaço. Ficaram os pedregulhos.
O tempo foi passando e novas ervas foram crescendo.
Hoje, acordei com o firme propósito de voltar a dar um ar de dignidade àquela casinha e lá meti mãos à obra. Não consigo remover os pedregulhos. São demasiado pesados para mim e, para além disso, não tenho onde os colocar até futura utilização. Adorava fazer uma parede de pedra para a entrada principal da casa e estas pedras são essenciais para esse objectivo.
Bem, não ficou ainda limpo, mas não há que perder a esperança. Logo que ganhe o euromilhões reconstruo este espaço.
É só esperar.

3 Comments:

Blogger João Gomes said...

Força. Começa a ficar bonito, nem que demores uns anos, mas hás-de conseguir. As pedras ficam mutio bem num jardim e há plantas que se dão muito bem.

16/5/07 21:11  
Blogger CrisB said...

Anete, que mulher com garra que és, nunca desistes. Fazes-me lembrar a minha mãe, se mete uma coisa na cabeça, enquanto não a faz não descansa.
Essa tua ideia de aproveitar as pedras é genial. Adelante!
Bjos
Cris

17/5/07 09:21  
Blogger anete joaquim said...

Ângulo
O problema é que já ando nisto há uns anos e nunca fica como quero! Mas, como dizes, hei-de lá chegar!
Quanto às pedras, acho-as lindas! Gosto das suas cores, formas e texturas. Pena que sejam tão pesadas!

cris
Sabes, às vezes é difícil conviver comigo! Não descanso mesmo, enquanto não faço o que penso. Verdade seja dita que não obrigo ninguém a me ajudar. Detesto trabalhar com gente de nariz torcido e as minhas ideias nem sempre parecem (aos outros) que vão dar certo. Se começam com "ses" e "mas" e "talvez amanhã", desisto e calo-me. Logo que esteja só, meto mãos à obra. Na minha cabeça tudo faz sentido, mesmo antes de começar os trabalhos. Tenho método, planeio e, nesse processo já estou a visualizar a coisa. Além disso, se há coisas para fazer, e há, acho que devem ser feitas logo que possível, o que nem sempre se enquadra na disposição e disponibilidade dos outros. Assim sendo, prefiro trabalhar sozinha e apresentar o trabalho já feito. Não me chateio, não chateio os outros e as coisas aparecem feitas.
bjs

17/5/07 17:24  

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