é pr'ó menino e pr'á menina!
Este pé de maravilhas (ou alegrias da casa) nasceu sozinho no cântaro (palavra madeirense que quer dizer vaso) da bromélia.
Veio sozinho e fez o que bem lhe apeteceu. Contrariando a ordem natural das coisas, vai disto, começou a dar flores todas diferentes. Não sei porquê, cheira-me que é do Benfica, mas tanto vai disfarçando, ora com flores brancas, outras tingidas de vermelho, que tenho andado com dúvidas. Ando com ele debaixo de olho. Um dia destes, quem sabe, nasce uma florzinha preta e branca, aos quadradinhos. Sim! Também tenho direito! Boavista, pois claro!
Enfim, a verdade é que hoje, ao olhar para a foto, lembrei-me daquele pregão tão típico de Lisboa: "É pró menino e prá menina!". Pois é. Dá para todos os gostos!
A imagem traz-me outra associação: a de minha mãe, que teve sete filhos "à Benetton": "todos iguais, todos diferentes". É mais ou menos assim o lema, não é?
Cá em casa é a mesma coisa. Um dos meus filhos gosta de bolo de bolacha; o outro não. Um gosta de massa, o outro de arroz. Um de feijoada, o outro detesta(va). Tantas são as diferenças que muitas vezes não sei qual é o que gosta disto ou daquilo.
Um dia destes fiz um bolo de bolacha. Adoro! Telefonei ao meu filho mais novo e disse-lhe para passar cá por casa, para lhe dar um pouco do bolo. Ele veio, agradeceu e levou. Dias mais tarde fiz novo bolo. Como estava com a mão na massa, fiz um inteirinho para ele. E lá se repetiu a cena, só que quando ele cá chegou, disse-me assim quase que a medo: "Mãe, dá-me só um quartinho desse bolo que fizeste para mim!" Fiquei preocupada. Pensei que estava doente. Foi aí que me confessou que não gostava de bolo de bolacha. O irmão é que adorava. COITADO do mano mais velho, que tinha ficado sem nada! Cheia de culpas lá fui fazer um bolinho para o primogénito. Com o bolo de chocolate é a mesma história. Um gosta dele coberto e recheado (bem recheado!!!!), o outro só gosta dele simples.
Moral da história: tenho de fazer uma lista com as diferenças deles. Mas não deixa de ter piada! É assim como com a maravilha. Cada florinha tem o seu estilo e mãe que se desenrasque!
posted by anete joaquim at 00:20
7 Comments:
Adoro o seu blog, tudo o que escreve e nos mostra...obrigada por essa amizade que distribui.
Quanto às alegrias do lar, tenho-as de todas as côres, acho-as na realidade uma alegria, também fui presenteada como a que mostra na foto e não entendo como umas são brancas e outras mescladas mas elas lá saberão o seu porquê!
maria é a mr, não é? Teve medo do meu "espanta espíritos", hem ?!!! ...
Amizade? Qual amizade! UM TRABALHÃO, é o que é! Já ando com insónias só a pensar nas histórias que vou inventar para conseguir pô-la a dormir!
E quanto às maravilhas, não se preocupe mais: elas são assim uma espécie de vadias que se deixam polinizar pelo primeiro que aparece. Depois dá aquela confusão toda!
Bjs e divirta-se que, como diz o povo, "tristezas não pagam dívidas".
Ou, então, use a desculpa da minha mãe quando abusa do açúcar: "Amarga já basta a vida!"
Boa noite
Voltarei mais tarde. A sua resposta nas Malas da Chuva merece uma atenção.
Agora é só para dizer que não sou a Maria. Continuo como MR. Um dia destes completo o meu nome. Merece a minha confiança.
Efectivamente já entrei também como MA. No comentário Sonho, foi a minha estreia. Só que pensei que não tinha entrado e fiz outro como MR e assim continuei.
Mas ainda bem que estão a descobrir o seu blogue.
Agora vou ultimar uns trabalhos para amanhã e então voltarei à quinta.
Bjs
Pelo amor de Deus, pode continuar com o mr! Posso merecer a sua confiança (o que agradeço), mas compreendo que a net é um espaço onde podemos perder a privacidade. Continue como melhor se sentir. Julguei que a Maria era mr que se tinha assumido, exactamente por já se sentir mais à vontade comigo. Talvez por causa daquela história do espanta espíritos. Estava a brincar. O que importa é que volte e goste. Que se sinta bem. mr ou outro nome qualquer não importa. O essencial é a presença. Os nomes são arbitrários. Para mim, será a mr e ponto final. E ainda bem que tenho outra visita, que se chama maria.
um beijão
Boa noite Anete
Voltando à quinta parei para admirar as malas. Estão perfeitas.
Cada uma no seu género.
E tenho mesmo a certeza é uma artista.
Partilho a sua tese de competição. Estou completamente de acordo.
E sinto-me em sintonia consigo. Por isso tenho total confiança em si.
Amanhã entro cedo. São horas de ir dormir.
Bjs
Melhoras
Voltei
Já tem mais malas?
E já pensou pô-las à venda?
Têm criatividade e design.
Pense nisso.
Agora vou mesmo dormir.
Um abraço
Hoje foi dia de entregar as malas aos seus destinatários. Não fiz mais nenhuma.
Pô-las à venda é a parte mais difícil para mim. Não tenho espírito de vendedora. Sinto-me constrangida em pôr um preço ao meu trabalho e, depois, com tanta mala bonita e a preço acessível que há por aí, sinto que é um desperdício as pessoas estarem a comprá-las a mim. Só se as vendesse muito barato e isso nem pagaria o material e o trabalho. Foi o que aconteceu com os cachecóis do ano passado. Uma colega viu os que eu já tinha feito e ficou toda entusiasmada. Sugeriu que eu vendesse. Disse que valorizava este tipo de trabalho, original, manual. Perguntei quanto é que ela daria por um cachecol e ela respondeu 20 euros. Achei um exagero! Seria incapaz de cobrar tanto. Acabei por fazer por 10 e tive outras encomendas. Em alguns casos, o preço que pagaram foi praticamente o das lãs. Mesmo assim, fiquei constrangida.
Definitivamente, preciso de um agente! Eu faço as malas e ele vende! Só se for assim.
bjs
Respondendo a anónimo(a)
As malas não estão perfeitas (ainda, pelo menos). Tenho de aperfeiçoar a técnica. Mas estavam bonitas. Acabei por melhorar a estampada, colocando um cordão duplo, igual ao das alças, na bordinha da abertura. Ficou bonita.
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