09 novembro 2007

Hoje recebi um poema



Ei! Não foram cravos, nem rosas, mas recebi um belo presente hoje e quero partilhá-lo com vocês. Um poema, mandado por uma amiga distante, do Brasil.

Obrigada.

Aqui vai ele. Acho que se encaixa mesmo naquilo que sou.




Foram-se os amores que tive

ou me tiveram: partiram

num cortejo silencioso e iluminado.

O tempo me ensinou

a não acreditar demais na morte

nem desistir da vida: cultivo

alegrias num jardim

onde estamos eu, os sonhos idos,

os velhos amores e seus segredos.

E a esperança - que rebrilha

como pedrinhas de cor entre as raízes.


de Lya Luft - escritora brasileira

(do Livro Secreta Mirada, 1997)

18 Comments:

Blogger Rose said...

Este comentário foi removido pelo autor.

9/11/07 10:45  
Blogger Rose said...

Querida, tbm adoro fotos com "sensibilidades", está linda.

9/11/07 10:46  
Blogger Rose said...

Quanto ao poema, é realmente sua carinha, com pedrinhas e tudo mais...ahahahahah.

9/11/07 10:48  
Blogger greentea said...

há q tempos q não te encontrava por aqui .................


beijinhos e gostei do poema e do jardim

9/11/07 11:39  
Anonymous Anónimo said...

Ola Anete
E é sempre bom ver as novidades do blogue.
Que bom saber da Ana.
Ando mesmo muito atarefada e não tenho ido aos outros blogues.
E até um poema!
Mas a Anete tem garra e vai resistindo!
Resiste....
E o amor é sempre tão estranho!
Fiquem bem
Um abraço

9/11/07 19:22  
Blogger Nelio said...

Olá Anete ,que belo poema recebeu nossa que gracinha...essa foto está uma maravilha refresca a alma e revitaliza a mente.....beijinho bom fim-de-semana...

10/11/07 01:58  
Blogger Rubi said...

Muito bonito. Tu mereces :)

10/11/07 17:41  
Blogger anete joaquim said...

Olha a greentea! E a rubina! Até a mr e o nélio. Oi, pessoal. Rosinha, claro que a esperança tem pedrinhas... lol
Um bom fim-de-semana para todos.
Um beijão

10/11/07 22:00  
Anonymous Anónimo said...

Bom dia
Feliz dia de S. Martinho para todos.
Um abraço

11/11/07 10:12  
Blogger Espaço do João said...

Olá Mana.
Que se passa? Sei bem que foi uma semana de trabalho. Deve andar extenuada , tenha cuidado porque vida só há uma. Também sei que depois dum dia de trabalho muitas das vezes não nos apetece fazer nada. Que tal foi o S. Martinho? houve castanhas assadas e vinho? Por cá foi um dia muito bem passado. É uma alegria passar um fim de semana rodeado dos nossos mais queridos. Espero que nada de mal
















tenha acontecido. Preocupado com sua ausência. Bj. João

12/11/07 18:55  
Blogger Rose said...

Olá, como vai vc?????

12/11/07 22:51  
Anonymous Anónimo said...

Boa noite
Anete espero que esteja tudo bem.
A Anete faz muita falta mas eu sei que existem ocasiões que não dá. O trabalho, as preocupaçóes, a saúde ... tanta tanta coisa.
Descanse, pense também em si.
Nós ficamos a torcer para que tudo dê certo.
Fique bem, fiquem bem.
Um abraço

12/11/07 23:55  
Anonymous Anónimo said...

Olá bom dia!
Já não te visitava há muito.

Gostei de cá voltar, fica o beijinho e até breve

13/11/07 13:07  
Blogger anete joaquim said...

Estou só e hoje sinto-me só. Tenho andado a pensar no porquê de me encontrar nesta situação.

Comecemos pelo princípio. Quando era jovem, meus pais eram muito severos em relação a saídas e namorados. A minha vida era casa, escola, escola, casa. Nunca fui de ir a esplanadas e só convivia na escola, com colegas. Mesmo o grupinho com quem me dava melhor era só para conviver na escola. Tinha uma família grande e os fins-de-semana eram aproveitados para ficar só, assim como que num espaço só meu. Perto da minha casa havia um terreno baldio e ali passava a tarde de domingo, a ler ou, simplesmente, a pensar. Por vezes dava um passeio a pé até perto do Funchal. Sozinha. Sentia-me bem assim.
Namorei dois anos com aquele que viria a ser o meu primeiro marido, mas pouco convívio tivemos. Poucos foram os domingos em que arranjei coragem para pedir à minha mãe para me deixar ir ao Funchal ter com ele. Só depois de noivos é que havia essa confiança e quando ele me pediu em casamento, em Dezembro de 1974, já tinha acabado a tropa e regressado ao Continente, de onde era. Voltou à Madeira em Julho do ano seguinte, só para casarmos. Casei e fui logo viver para Lisboa, para casa de meus sogros. Como não conhecia ninguém em Lisboa o marido era o meu único amigo. Engravidei um mês depois de casar. Só ao fim de quatro anos é que comecei a trabalhar. Aí é que comecei a conviver: com colegas.
Só que o esquema continuou igual: casa, trabalho, trabalho, casa e convívio com os colegas apenas no trabalho. A partir daí foi sempre assim, dedicando a minha vida essencialmente aos maridos e filhos.
Vim para a Madeira, de onde saí sem ter amigos e o meu esquema voltou a ser o mesmo: casa, trabalho, trabalho, casa.
Nunca me senti só, pois os filhos preenchiam os espaços em branco.
Neste momento, cada um deles vive a sua vida, nas suas casas. Eu vivo a minha e estou só.
Ontem dei por mim a pensar que estou só, sem amigos, por ter dedicado a minha vida apenas aos maridos e filhos.
Hoje, de repente, fez-se luz. Percebi por que é que o casamento sempre foi tão importante para mim, porque é que me casei quatro vezes e por que é que a confiança foi sempre o ponto em que fui mais exigente nos casamentos: porque os maridos são os meus amigos, o meu apoio, os meus confidentes, o meu carinho, o meu par quando saio. Pelo menos é isso que espero deles e é isso que podem esperar de mim.
Assim sendo, não é por causa dos casamentos que não tenho amigos, mas talvez por não ter amigos é que casei tantas vezes. É nos maridos que encontro os amigos.
Sei e gosto de viver só. Já o vivi muitas vezes. Entre o primeiro e o segundo casamento estive só, durante um ano. Entre o segundo e o terceiro foram oito anos e meio, vivendo apenas com os meus filhos. Entre o terceiro e o quarto foi um ano. Mas é talvez por saber viver só que dou tanta importância ao casamento. Tem de ser uma mais-valia, percebem? Tem de ser melhor do que estar só. Isto está confuso! LOL
Talvez seja por isso que me descasei outras tantas. Não sou de brigas, considero-me boa esposa, mulher e mãe, só que quem está comigo ou está completamente ou, então, prefiro que não esteja. Não suporto meias tintas, conveniências ou mentiras e se a confiança se perde, então, meus queridos, nada a fazer! Verdade é a palavra chave. Não me caso por ter medo de ficar só. Caso-me porque gosto dessa entrega. Quando ela existe dos dois lados, claro.
Voltando à introspecção, cheguei à conclusão de que tenho de fazer um esforço para encontrar amigos. Só que amigos não se encontram. Fazem-se. Com o passar do tempo, saindo, para poder encontrá-los. Só que sair de casa não é muito o meu feitio. Sou tipo bicho do mato.
Moral da história: como acho que desta vez é que se foi a minha confiança de que o casamento possa dar certo e como é certo que não vou arranjar tão cedo amigos com quem me sinta bem, o mais provável é ter de me acostumar à ideia de que vou mesmo ficar só. Isto não está fácil, mas vai passar.

Esta é uma das razões da minha ausência. Tenho precisado de parar e pensar em mim e na vida. Com este palavreado todo deu para perceber que tenho pensado muito, não é?
A outra é a de que tenho andado a recompor a minha casa, por dentro, a preencher os espaços em branco e descurei o jardim.
Por outro lado, os últimos dois meses não foram fáceis, com o meu filho doente, eu logo a seguir e depois a separação. Veio tudo de seguida e o jardim ficou para trás. Pouco tenho tido para vos mostrar.
Ontem perdi a manhã no dentista e dediquei a tarde a arrumar umas tralhas que tinha para aí. Hoje foi o dia inteiro no jardim. Já havia daninhas por todo o lado. Ainda tenho imensas sebes por cortar e um monte de coisas para colocar no sítio.
Já percebem por que é que deixei de ser tão assídua?
A minha vida tem estado um bocado complicada, mas estou bem de espírito. Só precisava de parar um pouco. Resolver a vida real.
Um beijão e desculpem esta conversa toda.
Ah! E não se preocupem. Hoje senti-me só, mas isso, para mim, não é um drama. Bastou-me vir aqui falar com vocês e já "aninhei" a minha alma. Estou prontinha para ir dormir uma boa soneca.
Até amanhã. Obrigada pelo apoio.

14/11/07 02:43  
Anonymous Anónimo said...

Boa noite Anete
Um grande abraço pela sua força.
Admiro-a pela sua franqueza.
Estou consigo e deste lado a minha grande amizade.
A Anete sabe cativar.
Fique bem

14/11/07 20:23  
Blogger Rose said...

OOOHHHH!!!!!!
ANETE, o que faço para vc ficar aqui comigo???
Venha para cá, vamos passear e por favor, deixe de pensar um pouco.Estou querendo disser que viva intensamente o caminho do meu blog... a solidão vai passar.

14/11/07 22:17  
Blogger anete joaquim said...

Obrigada, mr e rose.
Acho que me alonguei no discurso e tudo para dizer que viver comigo É FOGO! Coitados dos meus homens! Saíu-lhes em rifa uma mulher com expectativas demasiado altas, foi o que foi.
Enfim! Eu cá comigo dou-me muito bem! Vou ter de ficar comigo!!!! LOL
beijinhos e portem-se bem!

14/11/07 23:36  
Blogger Nelio said...

Bem Anete eu ontem andei pelo seu blog mas não vim a esta postagem por isso só hoje é que li.....Anete a vida ás vezes pássanos rasteiras, mas eu acredito que a Anete vai superar tudo isso e levar a sua vida sempre de cabeça levantada,força e um beijinho.....

15/11/07 23:28  

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