Hoje recebi um poema
Ei! Não foram cravos, nem rosas, mas recebi um belo presente hoje e quero partilhá-lo com vocês. Um poema, mandado por uma amiga distante, do Brasil.
Obrigada.
Aqui vai ele. Acho que se encaixa mesmo naquilo que sou.
Foram-se os amores que tive
ou me tiveram: partiram
num cortejo silencioso e iluminado.
O tempo me ensinou
a não acreditar demais na morte
nem desistir da vida: cultivo
alegrias num jardim
onde estamos eu, os sonhos idos,
os velhos amores e seus segredos.
E a esperança - que rebrilha
como pedrinhas de cor entre as raízes.
de Lya Luft - escritora brasileira
(do Livro Secreta Mirada, 1997)
18 Comments:
Este comentário foi removido pelo autor.
Querida, tbm adoro fotos com "sensibilidades", está linda.
Quanto ao poema, é realmente sua carinha, com pedrinhas e tudo mais...ahahahahah.
há q tempos q não te encontrava por aqui .................
beijinhos e gostei do poema e do jardim
Ola Anete
E é sempre bom ver as novidades do blogue.
Que bom saber da Ana.
Ando mesmo muito atarefada e não tenho ido aos outros blogues.
E até um poema!
Mas a Anete tem garra e vai resistindo!
Resiste....
E o amor é sempre tão estranho!
Fiquem bem
Um abraço
Olá Anete ,que belo poema recebeu nossa que gracinha...essa foto está uma maravilha refresca a alma e revitaliza a mente.....beijinho bom fim-de-semana...
Muito bonito. Tu mereces :)
Olha a greentea! E a rubina! Até a mr e o nélio. Oi, pessoal. Rosinha, claro que a esperança tem pedrinhas... lol
Um bom fim-de-semana para todos.
Um beijão
Bom dia
Feliz dia de S. Martinho para todos.
Um abraço
Olá Mana.
Que se passa? Sei bem que foi uma semana de trabalho. Deve andar extenuada , tenha cuidado porque vida só há uma. Também sei que depois dum dia de trabalho muitas das vezes não nos apetece fazer nada. Que tal foi o S. Martinho? houve castanhas assadas e vinho? Por cá foi um dia muito bem passado. É uma alegria passar um fim de semana rodeado dos nossos mais queridos. Espero que nada de mal
tenha acontecido. Preocupado com sua ausência. Bj. João
Olá, como vai vc?????
Boa noite
Anete espero que esteja tudo bem.
A Anete faz muita falta mas eu sei que existem ocasiões que não dá. O trabalho, as preocupaçóes, a saúde ... tanta tanta coisa.
Descanse, pense também em si.
Nós ficamos a torcer para que tudo dê certo.
Fique bem, fiquem bem.
Um abraço
Olá bom dia!
Já não te visitava há muito.
Gostei de cá voltar, fica o beijinho e até breve
Estou só e hoje sinto-me só. Tenho andado a pensar no porquê de me encontrar nesta situação.
Comecemos pelo princípio. Quando era jovem, meus pais eram muito severos em relação a saídas e namorados. A minha vida era casa, escola, escola, casa. Nunca fui de ir a esplanadas e só convivia na escola, com colegas. Mesmo o grupinho com quem me dava melhor era só para conviver na escola. Tinha uma família grande e os fins-de-semana eram aproveitados para ficar só, assim como que num espaço só meu. Perto da minha casa havia um terreno baldio e ali passava a tarde de domingo, a ler ou, simplesmente, a pensar. Por vezes dava um passeio a pé até perto do Funchal. Sozinha. Sentia-me bem assim.
Namorei dois anos com aquele que viria a ser o meu primeiro marido, mas pouco convívio tivemos. Poucos foram os domingos em que arranjei coragem para pedir à minha mãe para me deixar ir ao Funchal ter com ele. Só depois de noivos é que havia essa confiança e quando ele me pediu em casamento, em Dezembro de 1974, já tinha acabado a tropa e regressado ao Continente, de onde era. Voltou à Madeira em Julho do ano seguinte, só para casarmos. Casei e fui logo viver para Lisboa, para casa de meus sogros. Como não conhecia ninguém em Lisboa o marido era o meu único amigo. Engravidei um mês depois de casar. Só ao fim de quatro anos é que comecei a trabalhar. Aí é que comecei a conviver: com colegas.
Só que o esquema continuou igual: casa, trabalho, trabalho, casa e convívio com os colegas apenas no trabalho. A partir daí foi sempre assim, dedicando a minha vida essencialmente aos maridos e filhos.
Vim para a Madeira, de onde saí sem ter amigos e o meu esquema voltou a ser o mesmo: casa, trabalho, trabalho, casa.
Nunca me senti só, pois os filhos preenchiam os espaços em branco.
Neste momento, cada um deles vive a sua vida, nas suas casas. Eu vivo a minha e estou só.
Ontem dei por mim a pensar que estou só, sem amigos, por ter dedicado a minha vida apenas aos maridos e filhos.
Hoje, de repente, fez-se luz. Percebi por que é que o casamento sempre foi tão importante para mim, porque é que me casei quatro vezes e por que é que a confiança foi sempre o ponto em que fui mais exigente nos casamentos: porque os maridos são os meus amigos, o meu apoio, os meus confidentes, o meu carinho, o meu par quando saio. Pelo menos é isso que espero deles e é isso que podem esperar de mim.
Assim sendo, não é por causa dos casamentos que não tenho amigos, mas talvez por não ter amigos é que casei tantas vezes. É nos maridos que encontro os amigos.
Sei e gosto de viver só. Já o vivi muitas vezes. Entre o primeiro e o segundo casamento estive só, durante um ano. Entre o segundo e o terceiro foram oito anos e meio, vivendo apenas com os meus filhos. Entre o terceiro e o quarto foi um ano. Mas é talvez por saber viver só que dou tanta importância ao casamento. Tem de ser uma mais-valia, percebem? Tem de ser melhor do que estar só. Isto está confuso! LOL
Talvez seja por isso que me descasei outras tantas. Não sou de brigas, considero-me boa esposa, mulher e mãe, só que quem está comigo ou está completamente ou, então, prefiro que não esteja. Não suporto meias tintas, conveniências ou mentiras e se a confiança se perde, então, meus queridos, nada a fazer! Verdade é a palavra chave. Não me caso por ter medo de ficar só. Caso-me porque gosto dessa entrega. Quando ela existe dos dois lados, claro.
Voltando à introspecção, cheguei à conclusão de que tenho de fazer um esforço para encontrar amigos. Só que amigos não se encontram. Fazem-se. Com o passar do tempo, saindo, para poder encontrá-los. Só que sair de casa não é muito o meu feitio. Sou tipo bicho do mato.
Moral da história: como acho que desta vez é que se foi a minha confiança de que o casamento possa dar certo e como é certo que não vou arranjar tão cedo amigos com quem me sinta bem, o mais provável é ter de me acostumar à ideia de que vou mesmo ficar só. Isto não está fácil, mas vai passar.
Esta é uma das razões da minha ausência. Tenho precisado de parar e pensar em mim e na vida. Com este palavreado todo deu para perceber que tenho pensado muito, não é?
A outra é a de que tenho andado a recompor a minha casa, por dentro, a preencher os espaços em branco e descurei o jardim.
Por outro lado, os últimos dois meses não foram fáceis, com o meu filho doente, eu logo a seguir e depois a separação. Veio tudo de seguida e o jardim ficou para trás. Pouco tenho tido para vos mostrar.
Ontem perdi a manhã no dentista e dediquei a tarde a arrumar umas tralhas que tinha para aí. Hoje foi o dia inteiro no jardim. Já havia daninhas por todo o lado. Ainda tenho imensas sebes por cortar e um monte de coisas para colocar no sítio.
Já percebem por que é que deixei de ser tão assídua?
A minha vida tem estado um bocado complicada, mas estou bem de espírito. Só precisava de parar um pouco. Resolver a vida real.
Um beijão e desculpem esta conversa toda.
Ah! E não se preocupem. Hoje senti-me só, mas isso, para mim, não é um drama. Bastou-me vir aqui falar com vocês e já "aninhei" a minha alma. Estou prontinha para ir dormir uma boa soneca.
Até amanhã. Obrigada pelo apoio.
Boa noite Anete
Um grande abraço pela sua força.
Admiro-a pela sua franqueza.
Estou consigo e deste lado a minha grande amizade.
A Anete sabe cativar.
Fique bem
OOOHHHH!!!!!!
ANETE, o que faço para vc ficar aqui comigo???
Venha para cá, vamos passear e por favor, deixe de pensar um pouco.Estou querendo disser que viva intensamente o caminho do meu blog... a solidão vai passar.
Obrigada, mr e rose.
Acho que me alonguei no discurso e tudo para dizer que viver comigo É FOGO! Coitados dos meus homens! Saíu-lhes em rifa uma mulher com expectativas demasiado altas, foi o que foi.
Enfim! Eu cá comigo dou-me muito bem! Vou ter de ficar comigo!!!! LOL
beijinhos e portem-se bem!
Bem Anete eu ontem andei pelo seu blog mas não vim a esta postagem por isso só hoje é que li.....Anete a vida ás vezes pássanos rasteiras, mas eu acredito que a Anete vai superar tudo isso e levar a sua vida sempre de cabeça levantada,força e um beijinho.....
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