25 outubro 2006

e tudo o vento levou...

O vendaval e as chuvadas de ontem fizeram os seus estragos na quinta. A primeira vítima foi o miradouro, cujas tendas não resistiram.

Seguiu-se a tenda da anoneira grande, local onde fazemos as nossas patuscadas. Era a que confiava que pudesse resistir, visto estar protegida pela árvore. Qual quê? Talvez por isso mesmo, isto é, devido ao abanar dos ramos fustigados pelo vento, acabou por ficar com a estrutura partida em vários pontos. Ainda tem arranjo!

Há que ter calma e recomeçar de novo, aprender com a situação e não voltar a deixar as tendas armadas no Inverno.
Ou, então, tal como agora faço, aceitar o inevitável. Não foi nada que me surpreendesse. Há muito que pensava que isto pudesse acontecer e, talvez por isso, reagi calmamente à situação.
Quem não ficou lá muito satisfeito foi o P. Ontem, quando cheguei a casa, estava mesmo triste, estado de alma que raras vezes lhe vejo. Coitado. Ver estragado tanto trabalho nuns minutinhos só.
Estoicamente, resistiu à chuvada e, debaixo da estrondosa trovoada que se fazia sentir, ainda tentou salvar uma das tendas do miradouro, a paliçada de urze, o banco e a mesinha.
Cheguei já de noite e o temporal que ainda se fazia sentir impediu-me de ir ver os estragos.
Fomos agora fazer o balanço da situação. As fotos ilustram como ficou a quinta.
O que vale é que hoje está de sol! SOL! SOL!
Há que meter mãos à obra e recomeçar tudo de novo.
Vão-se os anéis!...
Fiquem os dedos para trabalhar!

12 Comments:

Blogger Ana Ramon said...

Olá! Pois quando assomei ao teu jardim até me assustei ao ver essa desgraça toda. Realmente mostra bem o temporal que passou por aí. Coitado também queria espreitar as tuas plantinhas... só que a essência do temporal é a violência. Ele não consegue espreitar nada de uma forma ordenada e calma. As nossas coisas têm uma fragilidade que ele não é capaz de respeitar...como tantas pessoas que a gente conhece! :))
Tem paciência para ergueres tudo de novo e um beijinho grande

25/10/06 14:44  
Anonymous Anónimo said...

Boa noite Anabela
E a minha solidariedade. Estou triste.O temporal foi duro com a quinta.
Mas sei que a Anete é assertiva e vai recomeçar tudo de novo.
Agora descanse e aguarde o bom tempo.
O tempo na Madeira é sempre uma surpresa. Ora calmo ora assustador.
Sempre o melhor.
E muita força.
Um grande abraço

26/10/06 00:39  
Blogger anete joaquim said...

Obrigada pela força, mr. Tudo se há-de compor, não tenho dúvidas. Talvez não tão cedo, talvez não igual ao que estava, mas ficará bonito. Garanto! É uma nova oportunidade para dar largas à minha imaginação e espírito de concretização. Já andava a pensar que isto estava tudo muito certinho e na mesma e que, daqui a nada, poucas novidades teria para dar sobre o meu jardim.

Agora, mr, você baralha-me! Ora entra como ma, ora como mr e, agora, vem com essa da Anabela! Por acaso até tenho uma irmã com esse nome, mais precisamente Ana Bela. Por coincidêndia também tive uma aranha no quintal, de cuja filhota falei em post recente, a que eu dei o carinhoso nome de Arabela, junção de aranha com bela.
Como é que ficamos? De que Anabela falamos? É esse o seu nome?
Já viu as dúvidas existenciais que me suscitou, nesta hora dramática de encontrar o sonhinho!
lol

26/10/06 01:23  
Blogger anete joaquim said...

Ana
Um beijão, amiga. Tens razão! Coitado do vento!... Curioso, mas desrespeitador. O que vale é a nossa antecipação da sua maldade. Assim já não sofremos tanto, pelo menos. Com a vantagem de que partimos já na convicção de que ele pode destruir as nossas fragilidades, mas a força que temos cá dentro não!
Dorme bem.
Cuida da sidra, do sapinho, da horta e vê se te deixas de costurar ovelhas (que horror andaste a fazer antes disso, meu Deus!). :D

26/10/06 01:31  
Anonymous Anónimo said...

Olá
Gosto muito de visitar o seu blog, gosta da sua escrita e das suas flores e da maneira como aceita os dissabores do dia a dia, também gosto muito da Ana e do blog dela!
Costava de der assim forte como a Anete.
Bjs.

26/10/06 09:52  
Blogger anete joaquim said...

maal
Sabe um segredo? Eu era uma menina medrosa e tão tímida que corava por qualquer coisa. Foi a vida de Lisboa que me ensinou a enfrentar os dissabores, a saber controlar o rubor da face. Cá por dentro, contudo, ainda mantenho muita daquela timidez e medos de outrora. O que me faz "forte" é só a constatação de que tenho de ser eu a resolver os problemas que se me deparam. Vivi só com os meus filhos, durante muitos anos. Era o pilar da vida deles. Confiavam que fosse eu a resolver tudo e assim teve de ser.
A melhor forma de resolver problemas é enfrentá-los, ver quais as saídas possíveis e não ter medo de concretizar as decisões que se tomam. Garanto-lhe, no entanto, que às vezes me passam uns arrepios pela espinha quando tenho de resolver determinadas situações. Não sou tão forte como aparento. Sinto é que "tem de ser", faz-se!
Não sou mulher de chorar sobre o leite derramado, ficar a remoer mágoas e deixar que os acontecimentos me ultrapassem. É só isso!
Somos muito aquilo que a vida nos faz. Se calhar a sua vida nunca a confrontou com dificuldades que a levassem a desenvolver todas as suas capacidades, mas elas estão lá. Às vezes, vivemos numa redoma que nos protege. Nunca a tive! Não inveje isso, nem a força que daí adveio. Dê-se por feliz com a vida que tem.
Outro segredo: apesar de tudo o que passei, sinto-me feliz. Gosto de mim! Nunca adulterei a minha essência. Tenho a consciência descansada em relação aos outros. Não invejo o que têm. Satisfaço-me com o que tenho. São formas de se viver melhor e mais feliz.
Espero que as dicas lhe sirvam. E, lembre-se de outra coisa: não copie modelos. Quem sabe se, sendo como é, não é muito melhor do que eu, hem?
bjs

26/10/06 10:52  
Blogger Ezequiel Coelho said...

Depois da tempestade, vem a bonança! (o pior é que depois da bonança... vem a tempestade outra vez!!! ;))

Enfim... espero que os estragos sejam inferiores ao que se perspectivou ao ver tamanha desgraça!

Eu, continuo com inundações na cave. Ontem retirei o equivalente a cerca de 300 garrafões de água e hoje, quando saí de casa, já tinha coberto de água o chão das três salas da cave. Quem ficou de serviço, foi a minha mãe que tinha vindo passar dois dias comigo!...

Anseio por Tempo seco e Sol.
Beijo

26/10/06 12:30  
Anonymous Anónimo said...

Ola Anete, Anete, Anete
Prometo não voltar a confundir o seu nome. Imperdoável.
E entrar sempre por MR. Quando entrei, da primeira vez, fiz várias combinações de iniciais e depois optei por MR. Está explicada a baralhação. É o que dá dormir pouco.
A sua experiência de vida é rica e exemplar para as pessoas que passam a vida nos lamentos.
A forma como relatou a sua vida é de grande beleza.
Agora vou ultimar uns trabalhos para amanhã.
Ainda volto.
Merece o nosso apoio para a reconstrução da quinta.
Imagino-a já a magicar como vai fazer.
Fique bem e mais uma vez Anete, Anete, Anete (estou desculpada?)
Um grande abraço

26/10/06 20:50  
Blogger anete joaquim said...

mr
Já estava desculpada antes de o pedir! Percebo perfeitamente este tipo de enganos. Há dias fiz uma notícia sobre uma instituição, dizendo que estava aberta ao público e, afinal, a instituição era outra. Imagino a quantidade de pessoas que tem ido à instituição que eu referi a dizer que até tinham lido no jornal que estava aberta ao público! Cansaço dá nisto! Com a diferença que os meus erros são mais prejudiciais do que os seus.
Sou brincalhona! Quando chamo a atenção, não leve a mal!
Um abração

26/10/06 22:10  
Blogger anete joaquim said...

ez
VIVAM as MÃES!
Agora a sério. É por saber que muita gente sofreu danos muito mais avultados do que os meus, em questões essenciais como a própria casa, que não dou muita importância aos estragos que o temporal provocou na minha quinta. O que foi estragado são luxos. Ficar com tudo estragado dentro de casa é bem pior. Lamento imenso o que lhe aconteceu e espero que tenha conseguido recuperar muitos dos seus haveres. Boa sorte. E, nestas alturas, nada melhor do que o carinho de uma mãe para nos levantar a moral.
Quanto ao ciclo da bonança/tempestade tem toda a razão! Quando percebermos que a felicidade que temos não é (ou pode não ser) eterna e que as desgraças não vêm para ficar, talvez aprendamos a ser mais humildes com a vida. Como diz o povo, "Não há bem que sempre dure, nem mal que sempre amargure!"
Um beijo e desejos de muito sol para lhe secar a casa.

26/10/06 22:16  
Anonymous Anónimo said...

Ola Anete
Ainda bem que voltei. A orquídea está muito bonita.
Tem toda a razão. As imagens de Pombal, por exemplo, são muito desoladoras. A sua filosofia de vida deixa-me sempre feliz. Encarar as coisas de forma positiva. Sem dramas.
Para o ez a minha solidariedade.
Até amanhã.
Um grande abraço

27/10/06 02:21  
Blogger Ezequiel Coelho said...

Queridas anete e mr,
fico muito sensibilizado com as vossas palavras e como eu estou a adorar este dia solarengo!!!! ;)

Vou tentar encontrar um impermeabilizante que aguente alguns meses (até resolver definitivamente o problema, i.e. colocar tela impermeabilizadora e um novo "chão", quando o tempo estiver mesmo seco)!

Vivam as mães, que sempre estão disponíveis (felizmente, a maioria delas) para ajudar a resolver os problemas dos filhos!

Vou dando notícias... no Jardinagens, é claro! ;)

abraços

27/10/06 12:50  

Enviar um comentário

<< Home