29 agosto 2006

cardeal



O cardeal amarelo voltou a ser o que era. Tempos houve, quiçá pela proximidade com um seu congénere vermelho, que as suas flores ganharam laivos avermelhados. A solução foi afastá-los. O vermelho foi para o chão do jardim; o amarelo, colocado em vaso, num local bem distante do primeiro. Voltou à sua forma original. A que, no fundo, me cativou e me levou a comprá-lo. Esta talvez seja a prova de que, por vezes, somos aquilo em que o meio onde estamos nos transforma. A forma original, contudo, permanece bem lá no fundo do nosso ser e só precisa do estímulo certo para vir ao de cima.