26 julho 2006

miniaturas em força

Por hoje deixo-vos um ramalhete de rosas. Vermelhas, pérola e rosa forte. São as minhas rosinha miniatura. Estão no seu auge.
A rosa forte, ainda com alguns botões por abrir, anda a lutar com uma praga de formigas que, alguns dias atrás, resolveu fazer pasto das suas flores. Ando a tratar-lhes da saúde!

A vermelha está pujante, com as suas cacholas de rosas, todas juntinhas, quase escondidas sob as rosas pérola.


No seu conjunto, dão um toque de cor ao verde que as rodeia, ao cinza da cor das pedras e ao branquinho das cadeiras que estão ao fundo.

miradouro

O miradouro, agora, está mesmo preparado para poder desfrutar da paisagem que ali tenho à mão, ou melhor, ao alcance dos olhos. Uma sombrinha fresca, um banco de jardim e um amparo para o vento são mais do que suficientes para uns momentos de prazer.

O antes e o depois


A mudança das cadeiras azuis para a tenda em frente da casa foi compensada, neste sítio, com um novo visual. Acima de tudo, tentei coordenar as cores de modo a que a minha roxinha não se sentisse completamente defraudada, traída.





O anterior azul das cadeiras de vime foi substituído pelo azul das almofadas e guarda-sol.



Não sei se foram saudades do anterior arranjo, mas a verdade é que a minha roxinha deixou de dar flor. Quem sabe? Talvez seja apenas o seu tempo de descanso.

cica


Ando preocupada com a minha cica. Mudei-a de sítio e parece não se estar a dar bem. Não sei se é do sol. No sítio onde estava anteriormente, ficava mais recolhida, a meia-sombra. Estava a crescer cada vez mais e temi que o local não fosse suficientemente espaçoso para que se desenvolvesse totalmente. Pensei que, como é "palmeira" haveria de gostar de apanhar mais calor. Pelos vistos enganei-me. As folhas começaram a amarelecer. A coisa parece estar a propagar-se. Mesmo assim tenho esperança de que se recomponha. O tempo o dirá!

21 julho 2006

Monangambé

Naquela roça grande
não tem chuva
é o suor do meu rosto
que rega as plantações;
Naquela roça grande
tem café maduro
e aquele vermelho-cereja
são gotas do meu sangue
feitas seiva.

O café vai ser torrado
pisado, torturado,
vai ficar negro,
negro da cor do contratado.
Negro da cor do contratado!

Perguntem às aves que cantam,
aos regatos de alegre serpentear
e ao vento forte do sertão:

Quem se levanta cedo?
quem vai à tonga?
Quem traz pela estrada longa
a tipóia ou o cacho de dendém?
Quem capina e em paga recebe desdém
fuba podre, peixe podre,
panos ruins, cinquenta angolares
"porrada se refilares"?

Quem?
Quem faz o milho crescer
e os laranjais florescer?
- Quem?
Quem dá dinheiro para o patrão comprar
máquinas, carros, senhoras
e cabeças de pretos para os motores?

Quem faz o branco prosperar,
ter barriga grande
- ter dinheiro?
- Quem?

E as aves que cantam,
os regatos de alegre serpentear
e o vento forte do sertão
responderão:

- "Monangambééé..."

Ah! Deixem-me ao menos subir às palmeiras
Deixem-me beber maruvo
e esquecer diluído
nas minhas bebedeiras

- "Monangambéé...'"

António Jacinto(Poemas, 1961)





NOTA:
Monangambé (O contratado) eram angolanos negros contratados para trabalhar nas roças dos brancos, na era colonial. Por vezes, em províncias de Angola bem distantes dos locais onde viviam. Deixavam as famílias para trás e iam ganhar a vida.
Ainda nos tempos da ditadura portuguesa, Rui Mingas (que nessa altura estudou e viveu em Portugal, onde começou a ser conhecido como atleta e chegou a embaixador de Angola em Lisboa e a ministro da Educação no governo angolano após a independência desse país), através do poema de António Jacinto, deu voz à dor que estes homens sentiam e que tentavam esquecer bebendo maruvo, uma espécie de aguardente.
Monangabé é uma canção que eu ouvia na infância, aqui na Madeira, na "Música pedida". Recordo-a muitas vezes, quando estou "a cavar" na minha quinta. E lá vou trauteando "quem faz o milho crescer?..." É claro que, neste caso, sou eu, mas qualquer semelhança com um contratado, nesta situação de jardineira, é pura coincidência. Mas gosto da letra. Ainda tem muito significado. No fundo, muitos de nós, nada mais somos que contratados!

19 julho 2006

Malmequer com pinta

Num dia tão tristonho como o de hoje, nada melhor do que um pouco de sol, que é o que falta! Estes malmequeres (ou será que mal-me-queres?) sempre dão jeito para estas ocasiões. Dão cor, alegria. Parecem pequenos sóis espalhados pelo chão. Admiro, especialmente, aquelas pequenas manchas castanhas que quase se escondem no interior da flor. São o toque especial que os torna únicos, diferentes de muitos outros. Há muito que permanecem no jardim. Não me abandonaram, como os malmequeres brancos de fundo roxo, de cujas flores só guardo a lembrança. Nesta altura do ano, os branquinhos não florescem. Quando voltarão?

Julho florido



Gosto do contraste entre a bananilha pintalgada de amarelo e a de vermelho vivo. Julho vai já na sua terceira semana, mas as bananilhas não deixam de dar flor. Pode dizer-se que são das flores mais fiéis deste jardim. As malvas, justiça lhes seja feita, não lhes têm ficado atrás.






A dália, entretanto, lá continua com sua prole. Está cada vez mais colorida e parece não se querer ficar por aqui.



Ali bem perto, no mesmo canteiro, a dália pom-pom está cada vez mais viçosa. Já se lhe começam a ver os pequenos botões que, segundo a embalagem, serão bem branquinhos. Devem estar quase a florir. Estou desejosa de ver como se saem.



O que também está a evoluir muito bem é a roseirinha vermelha, plantada ao lado da sua irmã amarela. Está cheia de flores minúsculas, mas lindas!

cristas em força




As cristas de galo estão quase no seu auge. Chegam a atingir um metro de altura. Pelo menos quando isoladas. Estas, como estão todas juntas, talvez não cheguem a desenvolver-se tão bem quanto isso. Mesmo assim já deixam uma mancha de vermelho no jardim.

É pena que o dia nublado não deixe ver o brilho que as flores adquirem quando há sol pleno. Parecem chamas! Para as cristas, contudo, é melhor que o sol não brilhe em força. Têm tendência a ficar meio murchas. Água, muita água no solo, é o que mais precisam para viverem felizes.

17 julho 2006

Sweet a quanto obrigas!


O "apetite" da Sweet pelas cadeirinhas azuis obrigou-nos a construir mais uma cancela. Está pintadinha de fresco e, enquanto a tinta não seca, Sweet e Sad tiveram de ser "presos" na "jaula", este espaço de acesso ao terraço da casa. A solução acabou por trazer uma outra vantagem: agora já podemos comer ou descansar neste recanto sem ter os cães sempre ao nosso lado, que é como quem diz, a querer petiscar a nossa comida. É caso para dizer que "há males que vêm por bem".

14 julho 2006

Mafarrico!


Oh!, minha Sweet, cara de anjo, estás-me a tirar do sério! Um dia destes mudo-te o nome. Mafarrico! É assim que queres que te chame? É? Não te escondas! Sei bem que foste tu!

Não te chega andares sempre a dar-me cabo deste canteiro? A estragar-me as rosas? A fazer estas crateras?

Também tinhas de ir ferrar o dente nas minhas cadeiras, acabadinhas de pintar com tanto carinho? Hem?

Já para a casota! Ficas aí de castigo! Sua feia! Não tens vergonha?

13 julho 2006

Amor de jardineira


Mote:
"(...) jardinar é (quase) como amar: Dá trabalho, e muitos de nós não estamos dispostos a tê-lo."
(excerto do comentário de "simpplesmente" feito junto ao texto "fechados para obras")

Jardinar é amar. É dedicar-se de corpo e alma a dar vida a simples sementinhas, por vezes feias, insignificantes, mas das quais se espera obter algo de belo. É aprender a lhes conhecer os humores, necessidades, fragilidades e sensibilidades. Respeitar as suas maneiras de ser.
Jardinar é amar esperando receber na medida do que se dá. Por vezes, mais ainda, mas, tal como no amor, jardinar é também uma experiência em que acontecem desilusões. Em que nem sempre se recebe tanto quanto se deu. Só que esse é um desafio previamente assumido.
Jardinar é um amor quase que maternal. É dar vida, alimentar e orientar para o pleno desabrochar da flor. Um caminho que se percorre conscientemente, antevendo mas aceitando todas as falhas. Falhanços que sempre nos atribuimos, tal qual as mães fazem quando seus filhos não seguem o caminho por elas desejado.
Jardinar dá trabalho, cansa, mas também dá paz. A satisfação do objectivo concretizado. Basta usar a fórmula correcta! Salvo eventuais factores externos, a resposta será sempre igual.
O amor, o outro, é muito mais ingrato. Pura e simplesmente porque lida com pessoas. Gente que nem sempre tem os mesmos objectivos, as mesmas crenças, a mesma verdade. Gente que se esconde por vezes de si mesma. Que teme mostrar-se na sua totalidade ou engana para que a sua essência não seja descoberta. As flores não se escondem. Não mentem. Não enganam. Mesmo as menos belas têm sempre algo de fascinante.
Jardinar é um acto solitário, individual. O amor não. Exige sempre uma dupla e só dá flor quando os dois estão igualmente empenhados em fazer vingar a sementinha de que ele pode brotar para, depois, se poderem regalar com o belo fruto do seu empenho. Dá trabalho, pois dá. Para que tê-lo, no entanto, quando se antevê que o objectivo do outro é fazer crescer a flor para, depois, a cortar impiedosamente?
Gosto de jardinar para ver flores livres ao vento, seguindo o seu curso natural. Por isso é que raras vezes as apanho para as aprisionar e fazer morrer em jarras.
Assim sou mãe. De igual modo, jardineira!

11 julho 2006

raquel


As raquéis, este ano, vieram pujantes. Esta, raiada de branco, é das mais vulgares, mas mesmo assim enche o jardim de cor.

filhos do sol

É neste recanto que o sol vem dormir uma soneca. Deve vir acompanhado todos os dias, porque atrás de si deixa um rasto de filhotes. Quem será a dama que tão lindos filhos sabe fazer?

novidades


A dália lá continua a sua sinfonia em sol maior. Não perde um dos raios do astro-rei para fazer desabrochar uma das suas flores. Está linda! Quanto tempo irá durar? Quantas mais vezes me poderei deliciar com as suas obras de arte? É viver o momento e ir aproveitando enquanto há, como dizia a minha mãe! Um dia de cada vez.

bicolor


Não! Não são da mesma roseira! São vizinhas. Vivem lado a lado. A vermelhinha, mais preguiçosa, tardava em dar-me flor. Começa a abrir-se toda em botões bem rosadinhos. Um dia destes está cheia de filhotes coloridos.

bálsamo em flor

O bálsamo apanhou-me distraída nas obras e resolveu dar um ar de sua graça. Hoje apanhei-o em flagrante! Uma das suas flores acabava de se abrir ao sol. É um momento raro! São flores que duram um ou dois dias. Mais umas obrazinhas e lá perdia esta oportunidade! Nem sabia que bálsamo dava flor, quanto mais assim tão bonitas! A seu lado, duas outras, já mortas, provam a pouca atenção que tenho dado a este lado do jardim, nos últimos dias. Umas regas e pouco mais. Parece que o bálsamo resolveu chamar-me à realidade.

O pinto está a levantar a crista!

Bem que previ que em meados de Julho as cristas de galo já estariam no seu vigor máximo. Para lá caminham! Nesta fase, mais parecem pintos a querer levantar a crista! Mais uns dias e todas as flores estarão prontas a cantar de galo. Hão-de ver como são lindas!

Novo recanto

Já não era sem tempo! Há muito que sonhava dar um novo aspecto à entrada da quinta. Para isso, tive de trair as minhas roxinhas.

Roubei-lhes as cadeiras que lhes faziam companhia. Touxe-as para mais perto de casa. Assim já é mais cómodo preparar a mesa cá fora.


Um pequeno-almoço na frescura matinal, um lanche ou até mesmo um jantar têm um outro sabor neste recanto. As boas-vindas às visitas são, também, mais carinhosas.

Antes e depois

Uns ferros cortados, uma pinturinha na cerca, umas novas cadeiras e mesa e uma tenda foram o suficiente para dar um outro visual à entrada.

05 julho 2006

Fechados para obras


Tentaremos ser breves. Pedimos desculpas pelo incómodo. Obrigada pela compreensão.

03 julho 2006

Ocorrência!!!


Desapareceu de sua teia, sita ao fundo do quintal, a bela aranha Arabela. Desconhecem-se os motivos do desaparecimento. Testemunhas, que preferem o anonimato, garantem que ontem, última vez que foi vista, apresentava um ar feliz.
Ao que tudo indica, nada tinha a reclamar do tratamento que recebia. Sempre lhe dediquei o maior carinho. Sossego, espaço para caçar as suas presas e até uns chuvisquinhos de mangueira para poder matar a sede foram coisas que nunca lhe faltaram no lar.
Uma hipótese remota tem de ser colocada: a de ter ido para férias, pensando que eu a abandonaria durante as minhas! Se foi isso, enganou-se. Não arredo pé daqui!
Não pode, igualmente, deixar-se de lado a hipótese de ter achado já ser tempo de arranjar nova casa. Verdade se diga, a Arabela tinha algo de meu e a vizinhança estava a transformar-se quase que num bairro. Culpa dela, tem de dizer-se. Quem a mandou espalhar filhos por todo o lado?
A morte natural é algo que esta investigação não pode, também, deixar de lado, mas apenas como questão meramente filosófica e existencial. Porque a verdade é que vestígios de alguma luta foram detectados na teia. A sua arquitectura encontra-se danificada, apresentando buracos muito suspeitos. Tudo parece indiciar um crime perfeito.
A minha mãe, pessoa que nutria pela aranha um nojo maior do que o meu, foi logo eliminada como suspeita. Num rasgo de amor maternal, bem que poderia ter-se sentido tentada a libertar-me daquele monstro e a concretizar a ameaça, feita conselho, de lhe deitar dum-dum para cima. Não esteve, contudo, no local do crime.
Não há pegadas de gatos, embora dois deles, propriedades de vizinhos, tenham por mau hábito passear descaradamente pelo meu jardim, tendo já danificado, inclusive, algumas plantas. Não parece constar, contudo, dos seus hábitos alimentares deliciarem-se com gorduchas e bem vistosas aranhas. Deu-se, portanto, por arquivado o processo de investigação contra os gatos, até porque, se fossem eles os autores do crime, os danos na teia seriam muito mais evidentes.
Restam os pássaros! Milhafres, melros-pretos, toutinegras, canários e até uma coruja são os prováveis autores do crime. Não raras vezes são vistos a rondar estas paragens e alguns têm mesmo ninho neste quintal. Como atenuante têm a seu favor o facto de também serem criaturas de Deus e precisarem alimentar-se. Por outro lado, a vantagem de não despertarem os sentimentos de repulsa que uma aranha sempre me provoca.
A investigação não pode, contudo, dar-se ainda por concluída. Resta a esperança de que esteja viva. De que tenha, apenas, ido dar um simples passeio pelas redondezas.
Há, no entanto, que informar os parentes de Arabela. Por decisão superior optou-se por informá-los de que ela, simplesmente, desapareceu. Deixando-lhes, assim, como que uma leve esperança, estão a ver? Não os traumatizemos! Deixemos que pensem que foi para férias. Que arranjou um namorado e está em lua-de-mel. Ou, pura e simplesmente, que foi morar para quinta mais rica que esta.
Onde quer que esteja, que Deus a guarde! De preferência bem longe de mim. Na teia, sempre a controlava. Pensar que me pode saltar para cima, num dia em que esteja a arranjar aquele canteiro, é coisa que me arrepia. Deus a livre disso. Será o seu último acto!!!...

Comer o que se plantou


Hoje a pereirinha reclamou. Estava cansada do peso de alguns dos seus frutos. Ouvi-lhe a voz sussurrante, pedindo que colhesse alguns deles. Nem que fosse só os maiores! Estavam a gastar-lhe as forças. "Tenho outras peras para fazer crescer", argumentou a pereira. Nem precisou dizer mais. Colhi as mais ameaçadoras. Prometo que as vou castigar pelo mal que faziam às outras. À pereirinha, também. Hei-de dar-lhes bom destino!!!!!.....

02 julho 2006

História de uma curta e bela vida

Em finais de Maio dei à terra aquele bolbo. Só sabia que, dali, haveria de nascer uma dália. Pensava eu, então, que seria vermelha e foi com essa crença que a fui regando e adubando. Junho dava os seus primeiros passos quando a dália nasceu, toda viçosa. Em meados de Junho deu à luz uns botõezinhos. Misteriosos, escondendo a sua cor, erguiam-se viçosos, bebendo, da luz do sol e da água com que os regava, todas as forças de que necessitavam para crescer.
Corria a terceira semana de Junho. Para surpresa minha, que a pensara vermelha, a dália fez desabrochar a sua primeira flor. Aquele rosa forte encantou-me! Era pouco usual. Único, na minha quinta. O centro, mais escuro, haveria de surpreender-me, também...
O centro eram apenas pequenas pétalas em perspectiva. A dália foi ganhando a sua forma final, rechonchuda e tão formosa. A seu lado, alguns dos outros botões iam-lhe seguindo o exemplo, naqueles pequenos passos de que a vida precisa para ir ganhando forma. Um deles já mostrando a sua cor. O outro, um pouco mais tímido.
Finais de Junho. Choveu! A dália encheu-se de gotas, quais lágrimas de alegria pela frescura da água.Não sei porquê, no entanto, pareceu-me triste nesse dia. Quem sabe? Adivinhava o seu fim?
Poucos dias depois, percebi o porquê. A dália preparava-se, mesmo, para morrer. Podia permitir-se esse luxo, finda que estava quase a sua missão na vida. A seu lado, uma outra daliazinha já vingava, altaneira, orgulhosa. Parecendo fazer frente à sua antecessora
Em seu redor, outros botões iam ganhando forma. Num esforço derradeiro, a dália ergueu a cabeça, mostrando ser ainda capaz de dar um pouco de beleza ao mundo.Mulher feita, madura, em toda a sua pujança ainda! A concorrência pareceu dar-lhe um novo ânimo!
A primeira das dálias vai morrendo. Suas pétalas derramam-se sobre as folhas, talvez chorando o fim próximo. Deixou dois descendentes. Outros, ainda em botão, aguardam a sua vez de completarem o ciclo da vida.
Nesta tua hora derradeira, presto-te a minha homenagem sincera. Retribuiste, em dobro, todos os cuidados que te dei! Sei que, para o ano, voltarás, talvez ainda mais viçosa, mais experiente da vida. Saberei esperar-te. Adivinho, já, os sorrisos que me despertarás! Os momentos lindos que me farás passar. De uma coisa podes estar certa: cumpriste a tua missão. A tua vida teve sentido. Pelo menos para mim!