30 setembro 2006

especialmente


Um pequeno miminho para quem tanto aprecia malvas e não tem deste género! Cliquem na foto. A imagem será mais nítida.
Espero que, nem que seja por uns segundos, consigam ter um pouco de felicidade ao olhar para a sua beleza, para o aveludado das suas pétalas e para esta cor que acho única!

BOM DIA!!!!!


O céu, hoje, amanheceu corado. Cá para mim, a noite deve ter sido de "bambelu"!... Terá a lua, que anda meio escondida, andado a namorar o sol por outras bandas? Terá ele amanhecido envergonhado? Não sei! O que é certo é que levei hoje com esta imagem nos olhos, mal abri a porta. Aproveitei e enchi a vista, a alma, o corpo todo com aquele raiar tão lindo. Não quis perdê-lo. Capturei o momento com as lentes digitais. Nunca será igual ao natural, mas ao menos poderei recordá-lo sempre.
Deixo-vos a imagem, para que acordem com um sorriso.
Um bom dia para vocês também!

voltaste!!!!

O ano passado, plantei para aqui uns bolbos nem sabia de quê. Surpreenderam-me com estas lindas flores. Achei-as magníficas. O tempo delas passou, a folhagem foi-se e a planta parecia ter-se desvanecido nos ares. Tive pena, mas guardei a esperança de que, lá nos confins da terra, houvesse ainda um bolbozito adormecido que um dia, sabe-se lá quando, haveria de abrir os olhos e vir espreitar o mundo. O tempo passou. Muito, no meu entender, e a esperança foi-se desvanecendo. A visão da Sweet a escavar aquela zona fez-me crer que teria dado cabo do resto da minha esperança. Acabei por me resignar.
Qual não foi, portanto, o meu espanto e alegria quando, num dia desta semana, dei com esta flor bem aberta, quase que aspirando os primeiros raios de sol para melhor poder resplandecer. "Voltaste", pensei. Não pude deixar de sorrir perante aquela beleza singela e, ao mesmo tempo, tão refinada. Captei o momento. Agora já sei! Para o ano, por alturas de Outubro, quando poucas são as flores do meu jardim, terei esta à minha espera. Foi um presente de Deus, talvez por me ter queixado, há dias, de que já sentia falta de flores por todo o lado. Ou, quem sabe, para me dar a alegria que um dia destes julguei perdida para sempre!

24 setembro 2006

malva rosa


Agora ando em troca de malvas com uma vizinha! Dei-lhe uns pés das minhas variedades de malva e, em troca, ela deu-me esta espécie, que eu ainda não tinha.
Espero que se dê bem no meu jardim! É outra das plantas que anda a requerer os meus cuidados intensivos. Não a posso deixar morrer!

pé de estrelícia



O meu pé de estrelícia, que é como quem diz, a minha grande soca de estrelícia, aqui deixada pela antiga dona desta casa, é uma daquelas plantas que mais descanso me dá. Nada pede! Vai crescendo e dando flor apenas com algumas regas. A chuva, que já anda a ameaçar, será o suficiente para lhe dar o resto.

Apesar disso, não posso abusar da coitada! Tenho de lhe cortar as flores secas, para ver se lhe dou mais força! Mas, por enquanto, há outras plantas mais necessitadas do meu tempo e cuidados. Vais ter de esperar mais um pouco. Não desistas! Continua a tua vidinha, que vai muito bem como está.

antúrios em cuidados intensivos


Há uns tempos atrás plantei estes antúrios em vaso e coloquei-os ao sol. Bem, nem havia tanto sol quanto isso, mas, pelos vistos, era mais do que suficiente para andar a matar as hipóteses de sobrevivência da planta. Minha mãe ensinou-me que os antúrios precisam de sombra. Cascas de ovo, secas, espalhadas sobre a terra, também ajudam, ensinou-me um colega. Vai disto, dei-lhes o que pediam. Parece estar a resultar. Assim meio timidamente começou a aparecer uma pequena flor.
Sempre que o rego lá lhe vou dizendo para não ter medo de crescer. Uma folha bem verdinha, acabadinha de nascer, parece proclamar a gratidão do antúrio. Os restantes vasos é que ainda não dão mostras de estarem a sentir-se no local apropriado. Há que lhes dedicar mais tempo e cuidados. Ainda hei-de ter um recanto cheio de antúrios vermelhos e grandes! Hão-de ver!

a fugir do sol


A minha malva cor-de-vinho, que é tão linda, anda a trepar pela pereira-rocha. Até parece que anda a tentar esconder-se do sol, buscando um pouco de frescura para poder brilhar melhor.
Mas, sabes, minha malvazinha, não vais poder ficar aí muito tempo. Ainda me estragas a pereira, que este ano até foi bem produtiva. Um dia destes vou ter de te cortar as pernas. Tenho pena, confesso! É assim como que ver alguém a tentar salvar-se e cortar-lhe as hipóteses de sobrevivência.
Não dramatizemos! Tens espaço de sobra no chão! Para além disso, a anoneira grande já tem folhas, novamente. Estende a sua sombra até ao local onde resides. Não precisas ter medo! Vais sobreviver em grande! Mas esta pernada - convenhamos - terá de ser podada. Desculpa lá, mas a pereira também tem direito à vida!

Salvas da desgraça


Ainda recordam o "desastre" das minhas prateleiras tombadas? Pois bem, resolvi o problema de algumas plantas sobreviventes, que residiam desde então no chão deste corredor, com esta pequena estante metálica. Ao menos não enferruja e - espero -, não cai.
É o lugar reservado às plantas que precisam de sombra.
Ainda falta resolver o problema dos restantes vasos, com flores que necessitam de mais sol e que, por enquanto, ficaram nas prateleiras antigas.
Mas, que diabo, não posso resolver tudo de uma vez. Vai aos poucos e já não é mau!

novo recanto


Estou a tentar criar aqui um novo pequeno recanto. Um mini jardim, com "arroizinho" bem madeirense, petúnias e flor da sorte, tudo junto no vaso grande. Vasos com outras plantas ajudam a aumentar o verde que contrasta com a pedra negra do chão. Uns raminhos velhos e a minha pedra com um ensaio de azul, que espero vir a transformar numa "obra de arte" um dia destes, completam o conjunto aos pés da iuca.
O projecto não está terminado. Penso decorá-lo com outras peças. Aguardemos!

sobrevivência


As minhas rosinha-miniatura, que há tempos foram atacadas de doença - lembram-se? - estão a recuperar bem.
Tratei-as com fungicida, deitei em seu torno veneno para formigas e, agora, recomeçam a dar as suas florinhas bonitas.
Aqui e ali ainda aparecem alguns vestígios de doença. Pequenas folhas amareladas, roídas ou com manchas. Retiro-as com todo o cuidado e sem as deixar ficar no local, para não voltarem a contaminar a planta. Parece que está a resultar! A ver vamos!

que mais queres, cardeal?

Lembram-se do cardeal amarelo? Daquele que tive de afastar de um seu irmão vermelho, que o estava a alterar? Pois bem, este é o "tal" que ia manchando de encarnado as pétalas do amarelinho. Está no chão onde, segundo dizem, se desenvolve melhor. Qual quê! Anda para ali às voltas, há tanto tempo, como que a tentar decidir se cresce ou não! Ontem apareceu-lhe uma flor. Vá lá! Agora, que continua enfezado, lá isso é! Já lhe deitei adubo. Já o podei. Tive o cuidado de o pôr ao sol, já que à sombra não se estava a dar bem.
De pouco têm valido os meus esforços. Mesmo assim não desanimo.
Vou esperar!
Pode ser que se decida a crescer!

deu-lhe a "mangra"?


As minhas uvas, este ano, foram bem ingratas! Foi a primeira vez que as sulfatei, que lhes dei mais cuidados e em vez de virem bonitas e viçosas, não! Estão raquíticas. Nem parecem uva americana. Senti-me culpada e desabafei com um colega, acostumado a estas coisas da agricultura, se não teria sido excesso de sulfato. Nem pensar, respondeu. Quanto mais melhor. A justificação descansou-me um pouco: é que "este ano, deu muita mangra na uva", como me explicou. Sei lá o que é a mangra! Nunca tinha ouvido o termo, sequer! Pelos vistos é doença.
Minha mãe, que sempre que cá vem me diz com ar quase dorido de pena, "tens de tratar da tua vinha", se viesse agora cá a casa ficaria desolada com o resultado do "tratamento" que lhes dei. A verdade é que a vinha dela está bonita. Será que teve sorte em não ter sido vítima da "mangra", ou terei sido mesmo eu a não saber tratar da vinha?

22 setembro 2006

Em trabalhos

Tenho andado mais arredada do blog porque ando a renovar partes do meu jardim. Lembram-se do cantinho das maravilhas? Pois bem! Não sei que lhes deu, este ano, mas foram morrendo. Desconfio que os gafanhotos bem verdinhos, que apareceram na vaga de calor que há bem pouco tempo andou a assolar a Ilha, tiveram muitas culpas no assunto. Mas, enfim, eles também têm de sobreviver!
Arranquei as maravilhas que restavam e substitui-as por uma bordadura de bromélias. Ao centro, as "cachopas", como lhes chamo. Estavam muito ao sol e poucas flores davam. Vamos lá ver se, nesta sombrinha da anoneira, se dão melhor!

estrelícia


Esperem lá! Apesar de ser a altura dos frutos, ainda há flores a crescer no jardim. A estrelícia é a prova. Bem, prova é o termo certo! É que a minha cadelinha Sweet já lhe tomou o gosto e quase todos os dias tenho dado com restos de estrelícia espalhados pelo chão. Um dia destes, fui dar com ela toda empoleirada na rede que protege esta parte do jardim a tentar apanhar uma das flores. É mesmo danada, aquela cadelinha preta! Gosta de tudo o que dê estalinhos, como as folhas secas, os paus e, pelos vistos, a folha larga da estrelícia. Pelo caminho, foi provando as flores e gostou. Esta é uma das sobreviventes! Aqui lhe presto as minhas homenagens.

Espadas de S. Jorge ou "línguas de sogra"

Para quem, como eu, nunca se tinha apercebido de que as "línguas de sogra" ou "espadas de São Jorge" davam flor, aqui ficam as imagens dessa flor branquinha que, pelos vistos, aparece nesta altura do ano. No jardim praticamente despido de flores, nesta época, até dá gosto descobrir estas pequenas maravilhas da Natureza.

araçá


Está na época do araçá! Este ano, contudo, o araçaleiro encheu-se demasiado de frutos. Vieram pequenos demais. De um momento para o outro, amadurecem e caem. São poucos os que tenho conseguido comer. Só têm servido para me sujar o chão e como caem perto do sítio onde estaciono o carro, acabam esborrachados, pregados, quase que definitivamente colados no cimento. Logo que termine a época do fruto vou ver se corto o topo da árvore. Está a subir cada vez mais, o que dificulta a apanha do fruto.

fruto delicioso

Há anos que tenho a "costela de Adão". Sabia que dava o fruto delicioso, o qual, por acaso, não aprecio, mas que se vende quase a preço de ouro. O que nunca tinha visto é a flor que a "costela" dá, a envolver o fruto. A razão é simples: como não gosto do fruto, é raro andar a espreitar por baixo das folhas. Minha mãe descobriu, recentemente, o sabor do fruto e a forma acertada de o comer e foi isso que me fez andar à procura de frutos para lhe dar. Assim descobri a flor. Valeu a pena! Aqui vai, portanto, esse momento raro, pelo menos para mim, e que se escondeu durante anos por trás das grandes folhas. Numa das fotos pode ver-se a flor envolvendo o fruto. Na outra, já se adivinham novos frutos e folhas e, por fim, o fruto, numa outra foto, já apanhado. Não está ainda pronto para ser comido. É preciso deixar quase apodrecer a casca, retirá-la, raspar um pouco o muco que cobre o fruto e, só então, é que se come.

19 setembro 2006

tipos de "raquel"

Especialmente para a minha visitante do Brasil, aqui vai um ramalhete de "raquéis" de tons variados. Tenho-as espalhadas um pouco por todo o lado, mas é aqui, neste jardim da entrada, que estão mais concentradas. Espero que goste e mate saudades.




Assim começou o blog


Adoro a bananilha vermelha, cor de fogo e de paixão. A mesma com que cultivo este meu jardim, meu refúgio do mundo. É com ela que vos dou as boas vindas a este meu jardim de sonho. Do sonho que trago em mim desde pequena, após ter lido "O jardim encantado" de já não me lembro que autor. Na essência, tratava de uma menina que vivia triste até descobrir, no fundo do quintal, uma porta velha, tapada de heras. Ao abri-la, a menina descobriu um jardim quase selvagem, mas belo, que passou a ser o seu lugar secreto. Abro-vos, agora, a porta do meu jardim. Espero que vos traga a tranquilidade e satisfação que dele retiro.


NOTA: Foi esta a minha primeira postagem neste blog, em Junho de 2006. Como me relembrou uma das minhas irmãs, que também leu esse livro em criança, o jardim só ganhou sentido quando a menina do livro passou a partilhá-lo com um amigo, infelizmente inválido, mas para quem esses momentos passaram a ser de grande felicidade.
Volto a publicar esta postagem, embora com foto diferente, porque a primeira fase do blog só pode agora ser vista no arquivo do mês referido, que se encontra no lado direito desta página. Há postagens posteriores, mais actuais, que só poderão ser entendidas tendo já lido as anteriores. Obrigada pela visita. Divirtam-se.

18 setembro 2006

É só um momento!


Hoje estou triste! Profundamente!
O destino prega-me cada partida e a verdade é que, neste momento preciso, não sei que destino tomar.
Apetecia-me voar na minha bicicleta de sonho e deixar-me embalar sei lá por que esperança. Só que ela ali está, florida mas parada. Sei que com ela não vou a lado nenhum. Só ao sonho e, neste momento, neste momento preciso, do que mais necessito é de parar e pensar. Disso depende o futuro. Não só o meu.
Por isso, que melhor companhia do que a minha bicicleta estática?
Paremos!
O futuro há-de vir!

17 setembro 2006

De onde vimos? Quem somos? Para onde vamos?

Gosto da pintura de Gaugin, das suas cores vivas e, no entanto, é deste quadro, quase sem cor, que gosto mais. Talvez porque tenha sentido e nos faça pensar.
Em francês, no canto superior esquerdo, o pintor deu-se ao cuidado de deixar a questão bem formulada: "D'où Venons Nous? Qui Sommes nous? Où allons nous?" (De onde vimos? Quem somos? Para onde vamos?)
Tanto deve ter pensado no assunto, que tentou suicidar-se, mal o terminou. Terá encontrado a resposta? Não sabemos. O que sobrou da história foi a sua morte, pouco tempo depois, devido à doença que o vitimou. Tinha 55 anos.
O quadro, tal como as perguntas, divide-se em três partes. No canto inferior direito, o conjunto de mulheres rodeia uma criança. É a origem.
Ao centro, uma mulher feita marca o presente.
A morte adivinha-se no canto inferior esquerdo, onde uma mulher idosa lembra o fim da vida. Para onde vamos?
A pintura suscita-me outras interrogações. Por que terá Gaugin representado todo este ciclo apenas com mulheres? Qual a razão de toda aquela névoa azulada que percorre todo o quadro? Faz-me pensar no fio condutor que marca toda a nossa existência. Porque a verdade é que aquilo que somos é fruto do que fomos e será a semente do que viermos a ser.
E - perguntarão vocês - que tem tudo isto a ver com a quinta? Ao jardim de pedra? Tem tudo! É a forma que dei àquilo que sou, àquilo de que mais gosto. É o concretizar da menina que fui, citadina, mas de alma rústica. "Para onde vou?" é a pergunta que sempre me faço, quando ando nestas voltas e reviravoltas para a tornar mais linda e acolhedora. Para quê? Que fim terá esta minha obra? Quem dela usufruirá, quando eu já cá não estiver? - pergunto-me muitas vezes.
Descansem! Não me vou martirizar com essas dúvidas. Ainda estou na fase central do quadro! Vivo o presente. Sei quem sou. Não tenho dúvidas sobre o meu passado. Quanto ao futuro... Olhem, como disse Gaugin antes de partir para o Tahiti, “A vida é uma mera fracção de segundo. Um bocado de tempo infinitamente pequeno para preencher com os nossos desejos, sonhos e paixões.”
Não deixo de ter essa noção sempre bem presente e, talvez por isso, a minha ânsia de preencher cada momento com os meus sonhos. Nesta quinta. Ao menos isso ficará!
Para quem? Não importa!

Retocando o passado

Era uma vez uma cama onde dormia quando era jovem. Posso mesmo dizer que foi o meu último leito de menina. Mais precisamente de donzela! Casei, parti e, anos mais tarde, muitos mesmo, voltei e precisei daquela cama, então sem destino, para abrigar, provisoriamente, o sono de um dos meus filhos. Pouco durou essa fase e o velho estrado voltou a ser arrumado a um canto, quase esquecido. Foi por artes ligadas a outro dos meus meninos que a caminha voltou ao serviço. Virou sofá. É a peça principal da minha nova sala. Nos primeiros tempos - não foi assim há tanto quanto isso - foi coberta com uma manta rústica. Um dia, disse eu, haveria de redecorá-la.
O dia chegou, finalmente!
Comprei um tecido alegre e bem fresquinho e forrei-a por completo. Complementei o conjunto com os rolinhos laterais, a servir de braço. Almofadas e abajours novinhos dão uma outra vida ao velho estrado.
A mudança, já agora, não podia ficar por ali.

Forrei com o mesmo tecido os velhos pufs, mudei cortinados e, para dar todo o ambiente à "la siesta" não esqueci o quadro que lembra as gentes dos Andes. A sala mudou de rosto e de função. Agora dá para mais gente. Um dia destes há-de ser inaugurada! Uma coisa é certa: todos os que cabem no meu coração têm lugar reservado na primeira fila!

06 setembro 2006

Que Calor!

Está um calor de morrer. Há perto de uma semana que isto não pára. A máquina fotográfica resolveu armar-se em fina e diz que as pilhas não têm capacidade para tirar fotos. "Tá-se" mesmo a ver, né? Recarregadinhas durante 24 horas e sem potência?!!!!! Cá para mim ela não quer é trabalhar, mas isso também se entende.
Pois bem. O calor aperta, a inspiração é pouca, fotos nem vê-las... Portanto, aguardem um pouco. O programa segue dentro de... ???????
A ver vamos!